quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A mor-te

Quem sou eu?
Do que gosto?
Como me sinto bem?
Perguntas que não encontro mais respostas
Me reinvento a cada instante, fingindo ser alguém
Tentando me encontrar, cada vez me perco mais
Nada mais é tão intenso quanto antes
Nada é tão bom como foi um dia
A loucura se transformou em sobriedade
Nada consegue me satisfazer
Ninguém consegue me atingir
Nem para o bem, nem para o mal
Nada me fere, pelo menos nada que vem de fora
Por dentro sou oco, um vazio que consome tudo
Onde havia amor agora há apenas um buraco
Um buraco infinito que não é nunca preenchido e nunca será
Condenado a viver eternamente em dor
Na dor de não sentir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário